A história do vinho
está intimamente ligada à história do homem. Há indícios de que a bebida tenha
mais de 7.000 anos, com origem mais provável no Oriente Médio, entre os mares
Negro e Cáspio, ao sul do Cáucaso. Não se pode apontar precisamente a época em
que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi
o inventor da roda. Uma pedra que rola é um tipo de roda; um cacho de uvas
caído, potencialmente, torna-se, um tipo de vinho. O vinho não teve que esperar
para ser inventado: ele estava lá, onde quer que uvas fossem colhidas e
armazenadas em um recipiente que pudesse reter seu suco.
O que é vinho?
O vinho é uma bebida alcoólica, resultante da
fermentação do mosto de uvas frescas, sãs e maduras por intermédio de
microrganismos chamados leveduras, as quais transformam o açúcar do suco da
uva em álcool etílico, anidro carbônico e uma série de elementos
secundários em quantidades variadas. Em função disto, o vinho é considerado um
produto elaborado, diferenciando-se dos produtos fabricados, caracterizados por
misturas de diversas matéria-primas.
O vinho é definido pela O.I.V. (Office International
de la Vigne et du Vin) como a bebida resultante da fermentação do mosto (suco)
de uvas frescas.
Qualquer outra bebida fermentada não obtida dessa forma não pode ser
denominada vinho, pelo menos oficialmente (como é ocaso do "vinho" de
jabuticaba, do “vinho” de maracujá,etc.).
Produção do Vinho
Muitos vinhos tem o
sabor melhorado se armazenados por alguns anos. Durante este tempo, a acidez
diminui, varias substâncias pouco solúveis acabam precipitando e varios
componentes formam complexos afetando o sabor e odor. Uma das formas de
envelhecimento mais clássica é a feita em barris de carvalho. Estes barris são
porosos, e permitem a entrada de oxigênio e a saída de água e álcool. O vinho
tambem extrai componentes da madeira, que influenciam no aroma final. A cada
nova safra, os barris devem ser totalmente renovados, do contrário ocorreria a proliferação
de fungos ou outros microorganismos indesejáveis.
Vários artigos recentes descrevem o efeito do envelhecimento sobre a composição química do vinho, mas pouco se sabia até alguns anos atrás. O vinho é um excelente meio reacional e, durante o envelhecimento, várias reações químicas podem ocorrer. Entretanto, mais de 90% de todo o vinho consumido no mundo sofre apenas 2 anos de envelhecimento. No Brasil, esta prática nao é comum, e os vinhos sao engarrafados pouco tempo após a fermentação.
Produção do Vinho
Como a uva têm enorme influência
sobre o sabor e qualidade do vinho, a colheita precisa ser feita no tempo
certo. Uma colheita prematura resulta em um vinho aguado, com baixa
concentração de álcool. Pelo contrário uma colheita tardia, produz um vinho
rico em álcool, mas com pouca acidez.
•
Clima O
equilíbrio específico da variedade permite em maior ou menor grau a expressão
de suas potencialidades nas características do bouquet e influi na composição
do vinho: açúcar, acidez, polifenóis, etc.
O clima manifesta sua influência através de seus elementos, como
insolação, temperatura, precipitação, umidade, etc.
•
Solo Em
geral, o solo atua como regulador dos elementos do clima através de suas
propriedades: radiação (cor, exposição, albedo), temperatura (calor
específico), precipitação (granulométrica, capacidade de retenção) e a
evapotranspiração (propriedades físicas, capilaridade, espessura). O principal resultado é o controle da
alimentação hídrica do vinhedo que tem papel importante no desenvolvimento da
planta durante grande parte do ciclo vegetativo e na qualidade das uvas
Esta operação é
caracterizada pela retirada do engaço ou cabinho da uva o qual não participa do
processo, porque sua presença pode transmitir sabores amargos e
adstringentes, desagradáveis ao paladar.
Antigamente era realizado com os pés dos
vinicultores, hoje é um processo mecanizado.
Geralmente, as uvas são dispostas em um cilindro metálico perfurado,
onde pás giram a mais de 1.200 rpm. No final, as cascas estão separadas das
uvas, e se obtém uma mistura de suco, cascas e sementes.
Dependendo do tipo
desejado do vinho, opta-se por um diferente processo.
O preparo do mosto é operação
de importância fundamental. Ele é responsável pelo sucesso da elaboração do
vinho. Quando mal preparado leva consigo substâncias indesejáveis, bagacilhos,
sujeitos a outras transformações e decomposições que afetam a qualidade do
vinho e, modifica esta, pode se considerar fracassada a operação e considerar o
produto perdido.
1ª prensagem
mosto flor ou gota vinho fino
2ª prensagem mosto inferior vinho inferior
2ª prensagem mosto inferior vinho inferior
É utilizada na
elaboração de bebidas fermentadas, como o vinho e a cerveja. No caso do vinho,
a fermentação é utilizada para a obtenção de álcool a partir dos açúcares do
suco de uva. Para isso, são utilizados os microorganismos do
tipo leveduras (fermentos semelhantes aos utilizados na fabricação de pão)
do gênero Saccharomyces, destacando-se
as espécies S. ellipsoideus (ou
cerevisae ou vini), S.
chevalieri e S. oviformis
(ou bayanus)
O objetivo desta etapa é
eliminar as partículas em suspensão no vinho, reduzindo ou mesmo eliminando a
turbidez. O processo pode ser realizado de duas formas:
Rápido:
é realizada a pasteurização a 65° C no vinho, durante 5 minutos, seguido de um
esfriamento rápido, e armazenado durante um período mínimo de um mês sendo
submetido posteriormente à filtração.
Natural: mantém o vinho em repouso por longos períodos,
procedendo-se a seguir a trasfega, eliminando a borra. Se ainda assim persistir
a turbidez, esta será eliminada por filtração.
Essas palavras têm o
mesmo significado, trata-se de misturar dois ou mais vinhos, transformando-os
num produto único. As pessoas menos informadas, a princípio tem um certo
preconceito quando ficam sabendo que estão diante de um vinho “misturado”, elas
acreditam que aquele vinho foi “batizado”, mas não é nada disso que ocorre.
A mistura é feita sempre
para melhorar as características do vinho, acontece mais ou menos assim: o
produtor tem um Cabernet Sauvignon muito potente nos taninos, porém aromas não
tão potentes assim, e um Merlot rico em aromas, porém pobre na estrutura, então
é feita a mistura dos dois vinhos (Cabernet Sauvignon + Merlot) e assim teremos
um produto final mais equilibrado, com as características que os dois vinhos
têm de melhor.
Existem regiões do velho mundo em que o Corte é obrigatório por lei, como no caso do Champagne, que deve conter no Corte as uvas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, a proporção da mistura fica a critério do produtor.
Existem regiões do velho mundo em que o Corte é obrigatório por lei, como no caso do Champagne, que deve conter no Corte as uvas: Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, a proporção da mistura fica a critério do produtor.
As partículas em
suspensão são eliminadas, passando-se o líquido por elemento filtrante. Isso
deixa o vinho tinto límpido e brilhante.
A grande vantagem da
filtração sobre a colagem é a de clarificar o vinho mais rapidamente e de forma
mais segura. A filtração é superior à colagem do ponto de vista de se obter
limpidez imediata, ao passo que a colagem é superior quanto à estabilidade da
limpidez, pois permite a separação até de suspensões coloidais. A melhor
técnica de clarificação de vinho é realizar uma colagem sucedida de uma
filtração.
O vinho passa por uma
pasteurização, onde é aquecido subitamente até cerca de 80oC e então
resfriado. Alem de acabar com as bactérias restantes, o método auxilia na
precipitação das proteínas que por ventura estiverem no vinho.
Vários artigos recentes descrevem o efeito do envelhecimento sobre a composição química do vinho, mas pouco se sabia até alguns anos atrás. O vinho é um excelente meio reacional e, durante o envelhecimento, várias reações químicas podem ocorrer. Entretanto, mais de 90% de todo o vinho consumido no mundo sofre apenas 2 anos de envelhecimento. No Brasil, esta prática nao é comum, e os vinhos sao engarrafados pouco tempo após a fermentação.
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